DODI, Jessica;
GUARNIERI, Marcella; VASCONCELLOS, Larissa; OLIVEIRA, Laís; MELLO,
Semíramis.
Orientador: Profª Aline de Mello Cruz
Orientador: Profª Aline de Mello Cruz
Ipomea cárnea (figura
1) é uma planta da subespécie fistulosa que causa doença de depósito lisossomal em ruminantes. É um arbusto aquático perene, que possui caule com interior esponjoso, meio trepador, de 1 a 4 m de altura. A semente pilosa (origem do nome algodão) é espalhada pela água. Cresce somente em solo de barro (argiloso), muito alagável. É muito comum em lagoas rasas nas planícies de inundações dos rios negro, Abobral e Paraguai. Aumenta em campos com excesso de gado ou perto de porteiras, cochos e aguadas.
Nome popular: É conhecido popularmente como Algodão Bravo, Canudo e
Algodoeiro.
Parte tóxica da planta: A planta inteira é tóxica, não tendo uma parte específica.
Figura 1. Fonte:http://www.gege.agrarias.ufpr.br/Portugues/Arquivos/Plantas%20toxicas%20de%20pastagens.pdf
Mecanismo de ação: Seu
mecanismo de ação envolve o depósito lisossomal em ruminantes, principalmente
caprinos. O principio ativo é o alcalóide indolizidínico swaisonina, que inibe
as atividades das enzimas α manosidase lisossomal e α-manosidase II do aparelho
de Golgi. Na planta têm sido identificadas, também, calisteginas B1, B2, B3 e
C1.
Sinais clínicos: Sinais
clínicos envolvem sonolência, emagrecimento progressivo, pêlos arrepiados e
sinais nervosos caracterizados por dismetria (figura 2), ataxia, hipermetria, paraparesia
espástica, tremores de intenção, nistagmo, posição com base ampla e outras
posturas anormais. Quando movimentados ou agitados os sinais são exacerbados
podendo observar-se marcada incoordenação dos membros posteriores ou quedas.
Durante a gestação de cabras a ingestão de I.
cárnea, alem de causar toxicidade materna, podem causar efeitos teratogênicos.
Histologicamente
havia tumefação e vacuolização celular, em neurônios, células acinares
pancreáticas, tubulares renais e foliculares da tireoide.
Não
se conhece tratamento para casos de intoxicação por I. carnea. Os criadores abatem os animais afetados para
aproveitamento da carne, antes que esses emagreçam demais.
Figura 2. Bovino com dismetria associada ao consumo de I.
cárnea. Bovino se mantém por longos períodos com alimento na boca sem
movimentos de mastigação.
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2007001000005&lng=en&nrm=iso
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2007001000005&lng=en&nrm=iso
Referência Bibliográfica:
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2011001100003&lng=en&nrm=iso>.Acesso
em: 08 Mar. 2015.
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Acesso em 08. Mar.2015.
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Pantanal Matogrossense. Pesq. Vet.
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2007001000005&lng=en&nrm=iso>.
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de pastagens. Disponível em <http://www.gege.agrarias.ufpr.br/Portugues/Arquivos/Plantas%20toxicas%20de%20pastagens.pdf>.
Acesso em 05.Mar.2015
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